À medida que se avança no caminho de madeira, entra-se na natureza em estado puro, como num filme de aventuras. Passo a passo, segue-se o convite para explorar as margens intocadas de um rio de águas cristalinas, que desenhou paisagens improváveis ao longo dos séculos. Sem pressa, porque a caminhada pelos Passadiços do Paiva tem um ritmo próprio.
O ritmo da surpresa e da emoção sempre que se descobre uma cascata escondida ou uma vista panorâmica de cortar a respiração.

Ora, apresento-te os Passadiços do Paiva, um dos percursos pedestres mais emblemáticos do mundo. Detentor de quatro galardões consecutivos nos World Travel Awards, os óscares do turismo.
Portanto, neste artigo vou dar-te todas as informações práticas que necessitas para um passeio de sucesso pelos Passadiços do Paiva.
Desde onde fica, aquisição de bilhetes, até à escolha do melhor trajeto. Inclusive partilho todas as informações, caso pretendas visitar a Ponte Suspensa 516 Arouca.
O que vais encontrar neste artigo:
- O que são os Passadiços do Paiva?
- Onde ficam os Passadiços do Paiva?
- Como foram construídos os Passadiços do Paiva?
- Qual é a extensão dos Passadiços do Paiva?
- Quanto tempo levo para percorrer os Passadiços do Paiva?
- A caminhada nos Passadiços do Paiva é difícil?
- O que devo levar?
- Onde posso comprar o bilhete para os Passadiços do Paiva?
- Onde devo começar os Passadiços do Paiva?
- Principais pontos de interesse dos Passadiços do Paiva
- Ponte Suspensa 516 Arouca
- Outras atrações em Arouca, além dos Passadiços do Paiva
- Onde ficar?
- Onde comer?
- Outros percursos pedestres em Portugal
Os Passadiços do Paiva são um percurso pedestre localizado no Arouca Geopark. Famoso por oferecer aos visitantes a oportunidade de explorar paisagens deslumbrantes e formações rochosas únicas.
Proporcionam um passeio a pé entre cenários de beleza ímpar, num autêntico santuário natural que não podes deixar de conhecer! Portanto calça uns ténis confortáveis, põe um chapéu na cabeça e acompanha-me na descoberta do menino de ouro do Arouca Geopark.
Caso não sejas de perto, então ainda mais empolgante se torna. Porque visitas os famosos Passadiços do Paiva e ainda ficas a conhecer um pouco desta região de Portugal.

Os Passadiços do Paiva ficam na margem esquerda do Rio Paiva, no Arouca Geopark, concelho de Arouca, distrito de Aveiro.
Posso dizer-te que o Arouca Geopark é uma área protegida reconhecida pela UNESCO em 2009 como um Geoparque Mundial.
E isto devido à sua geodiversidade única, importância científica e cultural. E ainda pelo papel que desempenha na promoção da educação, turismo e desenvolvimento sustentável da região.
Mas porque não explicar-te desta maneira: o Arouca Geopark é uma aula de geologia com workshop de meditação. Acredita, é uma proposta irrecusável para contemplares a natureza no coração de Portugal.
É o lugar perfeito para te deixares levar pela serenidade dos sentidos. Simplesmente, ao som do canto dos pássaros e do murmúrio das águas. Na onda da simplicidade da vida ao ar livre, sem stress!
Além dos Passadiços do Paiva, o Arouca Geopark inclui uma zona única de Pedras Parideiras – rochas graníticas que se partem naturalmente, parecendo “dar à luz” outras rochas menores. O Vale do Rio Paiva – com monumentos naturais feitos de formações rochosas incríveis, como a Frecha da Mizarela.
Uma cascata impressionante que desce de uma falésia gigante! E ainda museus e centros de interpretação que explicam a geologia, história e cultura da região.
O Arouca Geopark é gerido pela AGA, Associação Geoparque Arouca. É uma associação de direito privado sem fins lucrativos criada em 2008 com o propósito de conservar, divulgar e valorizar o património cultural, natural e geológico do concelho de Arouca e da região em geral. E ainda promover um turismo sustentável (entre outros propósitos).
Basicamente, aquilo que posso dizer é que este território é sem dúvida imensamente privilegiado por todas as particularidades que possui. Há fenómenos únicos, vida e beleza natural, lazer mesclado com cultura e ainda muitos percursos pedestres!
Ah pois é. Se gostas de trekking e ainda não conheces este território, aconselho-te vivamente visitar. Está cheio de trajetos e paisagens fascinantes.
Com toda a certeza, com muito engenho! Ou não fossem os Passadiços do Paiva uma obra de engenharia excecional com grande preocupação ambiental.
Foram construídos com materiais de qualidade, duráveis e resistentes, como madeira tratada e aço, para suportar o tráfego de visitantes e as condições climatéricas.
Os caminhos suspensos, escadarias e pontes ao longo das margens do Rio Paiva e das encostas rochosas, mostram a ligação harmoniosa entre o trabalho do Homem e o trabalho da natureza.
Sendo que durante a construção dos Passadiços do Paiva foram adotadas medidas para minimizar o impacto ambiental, nomeadamente a redução da vegetação afetada.
Ora, são 8,7 km (17,4 km ida e volta) de passadiços num percurso por estruturas de madeira. Há apenas alguns pequenos troços de terra batida que se estendem entre as praias fluviais do Areinho e Espiunca.
Pelo meio, a encantadora Praia Fluvial do Vau e, claro, pontos de interesse para apaixonados por biologia, geologia e arqueologia.
Assim, mais do que quase 9 km de trilho, os Passadiços do Paiva são uma verdadeira viagem até à essência da natureza.
Entre paisagens de cortar a respiração, extraordinárias formações rochosas, cascatas incríveis, praias fluviais irresistíveis, vida selvagem… e mais não te digo. Porque quero que descubras por ti mesmo como se podem exaltar os sentidos!
Coordenadas GPS do local partida/chegada dos Passadiços do Paiva:
Espiunca: 40°59’34.67″N 8°12’41.19″W
Areinho: 40°57’9.68″N 8°10’33.05″W
Bem, depende do teu ritmo de caminhada e das paragens que vais fazer durante o percurso. Mas em média vais demorar 2.30h a 4.00h para fazer os Passadiços do Paiva completos, ida e volta.
Ou seja, se andares depressa e fizeres poucas paragens (e rápidas) completas o trilho em 2,30h. No entanto, se andares devagar a aproveitares ao máximo a experiência, parando constantemente para tirar fotografias, descansar a apreciar a paisagem, demoras no mínimo 4 horas.
Até porque não é um percurso de nível fácil, fácil. São muitos quilómetros, com partes bastante desafiantes. Portanto, se não tens o hábito de caminhar, leva o teu tempo, sem pressas.
E qual é o problema? Lembra-te que os Passadiços do Paiva não são apenas um troço de caminhada que podes fazer para te exercitares ao ar livre.
São fundamentalmente uma forma (a melhor!) de observares as paisagens naturais deslumbrantes.
Observares as formações geológicas únicas. E aproveitares as áreas de descanso ao longo do caminho. Incluindo as praias fluviais onde podes dar um mergulho.
Sim, há várias áreas de descanso com bancos ao longo dos Passadiços do Paiva.
Se te conseguirem acompanhar na caminhada, claro que podes levar! Mas atenção que os Passadiços do Paiva podem ser desafiadores para crianças muito pequenas.
Não. Cães e outros animais de estimação não são permitidos nos Passadiços do Paiva.
Bom, se estás costumas fazer caminhadas, é um percurso de dificuldade moderada. No entanto, o site oficial dos Passadiços do Paiva classifica o nível de dificuldade como alto.
E a explicação é simples: um visitante que nunca tenha feito este tipo de caminhadas, pode-se queixar porque não se trata, obviamente, de um passeio a direito pelo paredão à beira-mar.
Por isso, o nível de dificuldade depende da tua condição física e experiência em caminhadas.
Por favor, não caias no erro de ir com sapatinho e roupa de sair. Porque não é um percurso para esse tipo de passeio. Ou seja, prepara-te, leva roupa e calçado adequados. Isto é um trilho.
E digo isto, porque vi muito boa gente nesses preparos, e elas perceberam que foi um erro.
Será adequado para ti? Deixo-te algumas informações importantes para fazeres uma avaliação a respeito dos Passadiços do Paiva:
- O percurso envolve caminhos de madeira, trilhos de terra batida, escadarias e algumas áreas rochosas. E sim, algumas partes do trajeto são subidas íngremes e descidas ao longo do rio que exigem um esforço físico moderado.
- O percurso completo de ida e volta dos Passadiços do Paiva, tem cerca de 16 km, o que mesmo para caminhantes experientes é uma distância considerável. Se optares apenas por ida, são cerca de 8,7 km (sim, é possível, explico mais à frente).
- O trilho pode ser influenciado pelas condições climatéricas, já que em dias quentes de verão, o calor e exposição ao sol pode tornar a caminhada mais complicada. Mas atenção que em dias de chuva, os Passadiços do Paiva podem ficar escorregadios!
É canja? Ótimo, então é porque já costumas praticar atividade física ou caminhadas. Mas se pelo contrário, tens receio de que o percurso dos Passadiços do Paiva seja muito exigente para ti… não desistas!
Basta treinares antes de viajares até Arouca. Caminhada a caminhada para te habituares a esta vida ao ar livre, passo a passo (literalmente). Também podes optar por fazer apenas uma parte do percurso. Por exemplo, ires até à Praia Fluvial do Vau e voltares.
Na minha opinião, se tens preparo físico mínimo, consegues fazer tranquilamente o percurso de ida. Mesmo nas alturas mais críticas. Porque vais ao teu ritmo, paras quando e durante o tempo que necessitares. Ou seja, inspiras, expiras, desfrutas a paisagem e avanças mais um pouco.
Por exemplo, eu fiz apenas o percurso de ida, porque depois apanhei um táxi de regresso ao ponto de partida. Explico-te tudo mais à frente.
Ainda bem que perguntas, porque tenho uma lista de material praticamente obrigatório num passeio pelos Passadiços do Paiva:
- Calçado adequado a caminhadas, para garantires estabilidade e conforto ao longo do percurso.
- Vestuário adequado a caminhadas, nomeadamente roupas leves, respiráveis/flexíveis, adequadas à condição climatérica prevista. No inverno, as camadas são ideais para te ajustares à temperatura.
- Óculos de sol, chapéu e protetor solar.
- Mochila leve e confortável, com saco para trazeres o teu lixo!
- Litro e meio de água no mínimo (só existem cafés nas entradas/saídas e na Praia Fluvial do Vau, a meio do percurso)
- Um lanchinho ligeiro composto por sandes, frutas e barras energéticas, por exemplo. Ou mesmo uma boa merenda caso pretendas fazer um piquenique a meio do caminho.
- Máquina fotográfica ou smartphone para registares os melhores momentos da caminhada.

Recomendo que reserves os teus bilhetes para os Passadiços do Paiva com antecedência através do ticketline. Embora os bilhetes também possam ser adquiridos no próprio dia na loja de turismo de Arouca ou na Praia Fluvial do Areinho.
A questão é que vais pagar o dobro do preço ou (pior ainda!) podes bater com o nariz na porta porque há um limite de bilhetes diários. Uma medida necessária para evitar multidões nos Passadiços do Paiva que podem pôr em causa a segurança da estrutura e deixar uma má experiência na lembrança dos turistas.

Nada do outro mundo! Entre 1€ e 2€, de acordo com a época baixa ou época alta:
- Entre 1 de novembro e 31 de março o bilhete custa 1€
- Entre 1 de abril e 31 de outubro o bilhete custa 2€
Crianças com menos de 10 anos não pagam entrada.
Mais uma vez, o horário de abertura dos Passadiços do Paiva varia conforme a época do ano:
- Abril e outubro das 9.00h às 19.00h (última entrada às 16.00h)
- Maio a setembro das 8.00h às 20.00h (última entrada às 17.00h)
- Novembro a março das 9.00h às 17.00h (última entrada às 16.00h)
Sim, está aberto todos os dias, exceto dia 25 de dezembro. Assim, qualquer dia é bom para visitares Arouca e conheceres os Passadiços do Paiva, exceto no dia de Natal.

Ora, este é o ponto! Deves começar os Passadiços do Paiva na Praia Fluvial do Areinho ou na Praia Fluvial de Espiunca?
Então, ambos os pontos de partida têm parque de estacionamento para deixares o carro. E também tem praça de táxis, casas de banho e bares para tomares um café antes de te pores ao caminho.
Por isso… cara ou coroa?! Basicamente, para escolheres o melhor ponto de partida para os Passadiços do Paiva, aconselho-te a responder a estas duas perguntas:
- Queres fazer o percurso só num sentido (a opção mais comum). Ou consegues fazer os 16 km de ida e volta?
- Estás em forma e costumas andar a pé, ou és iniciante em caminhadas?

Se queres percorrer os Passadiços do Pavia num só sentido, como eu fiz, aconselho-te começares a caminhada na Praia Fluvial do Areinho. Porquê?
Porque é menos exigente a nível físico. Ou seja, fazes a subida da grande escadaria (cerca de 500 metros) logo no início do percurso. Quando ainda estás com a energia toda. Porque acredita, é de facto uma subida bastante exigente, não a subestimes.
Principalmente se não costumas fazer caminhadas. Depois, a partir daí o percurso é bem mais tranquilo, na sua maioria a descer.

Independentemente da escolha, em ambos os pontos de partida (ou chegada) existem táxis para te levar de volta ao parque onde estacionaste o carro. A viagem ronda os 15€, mas se fores a solo podes tentar partilhar o táxi com outros visitantes, ok?
Foi assim que eu fiz quando cheguei ao final do percurso de ida. Ou seja, quando cheguei à Espiunca apanhei um táxi que me levou ao ponto inicial do percurso – Areinho.

Então a melhor forma é começares a caminhada na Praia Fluvial da Espiunca. Porquê?
Porque se começares na Praia Fluvial do Areinho tens de subir a escadaria no final do percurso quando já estás com as pilhas mais fracas.
Exato! Se não estás em boa forma física existe uma excelente alternativa para poderes desfrutar deste pequeno tesouro natural.
Se for o teu caso, sugiro que comeces os Passadiços do Paiva na Praia Fluvial da Espiunca e sigas apenas até à Praia Fluvial do Vau. Fica mais ou menos a meio do percurso (4 km).

Vai ser difícil? Nop! Entre a Espiunca e o Vau o trilho é praticamente a direito, sem desníveis. E por isso não tens de te esforçar para fazer subidas nem descidas!
Oh… assim só admiras a paisagem em metade do percurso? E depois? É a melhor desculpa para regressares um dia para fazeres o percurso completo! Que tal?
Como ir da Praia Fluvial do Vau à Praia Fluvial da Espiunca onde, supostamente, deixaste o carro? Podes voltar para trás a pé ou apanhar um táxi no Vau.
Em abono da verdade, os Passadiços do Paiva são interessantes do princípio ao fim da caminhada. Mas só para te aguçar a curiosidade, posso deixar alguns destaques deste percurso espetacular:
1. Praia Fluvial do Areinho
Fica numa das margens do Rio Paiva e como já percebeste, é um dos pontos de acesso aos Passadiços do Paiva. Além de ser uma das praias mais concorridas de Arouca.
Devido ao areal extenso, à vigilância, parque de estacionamento e infraestruturas de apoio aos banhistas: bar, casas de banho, duches, campo de voleibol e até instalações para fazer churrascos.
2. Garganta do Paiva
Linda e misteriosa! A Garganta do Paiva é uma parte do rio onde o leito fica mais estreito, que vai da ponte romana de Alvarenga até ao Vau.
Da ponte do século II constituída por um só arco, com 30 metros de altura, as vistas sobre as formações rochosas são dramáticas.
É aqui que começam os 310 degraus que te levam a mais 100 metros de altura. E onde chegas de língua de fora, acredita. Felizmente, o cansaço tem recompensa: uma paisagem soberba que vais querer fotografar!

3. Cascata das Aguieiras
No miradouro dos Passadiços do Paiva podes admirar a majestosa Cascata das Aguieiras. Aqui a água escorre de forma vertiginosa pela Garganta do Paiva ao longo de cerca de 160 metros. O que se traduz num cenário de alta beleza natural, mesmo.
Esta cascata é formada pela queda de água da Ribeira das Aguieiras, em consequência da confluência de diversos afluentes.
Do mesmo miradouro dos Passadiços do Paiva podes observar o Castelo de Carvalhais. Edificado na época da Reconquista com o objetivo de vigiar a travessia do Rio Paiva. Servindo assim de barreira morfológica entre as margens do Douro e o Vale de Arouca.
Daqui começa a descida mais extensa do passadiço, degrau após degrau. A boa notícia é que depois, o caminho é praticamente a direito e fácil de percorrer.

4. Praia Fluvial do Vau
Vem mesmo a calhar, a meio do percurso, esta praia fluvial de água doce, onde podes descansar e mergulhar nas águas refrescantes e limpas do rio (sim, o Rio Paiva foi considerado um dos rios mais limpos da Europa).
A Praia Fluvial do Vau tem também uma ponte suspensa que lhe dá um charme irresistível. E um bar de apoio com esplanada e vista panorâmica para os Passadiços do Paiva.
5. Miradouro sobre a Gola do Salto
No miradouro sobre a Gola do Salto podes observar aquele que é considerado o ponto mais perigoso do rio. Com a água revolta e branca de espuma a precipitar-se sobre as rochas.
A Gola do Salto é um desnível de 3 a 4 metros no leito do Rio Paiva. E considerado um dos locais de índice mais elevado para a prática de desportos de águas bravas como rafting e kayak. Portanto fica a dica!
6. Praia Fluvial de Espiunca
No extremo norte dos Passadiços do Paiva, fica a Praia Fluvial de Espiunca. Tem todas as infraestruturas de apoio de que podes necessitar enquanto vais a banhos ou te estendes a descansar no areal.
Se levares crianças contigo, esta é mesmo a praia fluvial ideal porque o rio não tem muita profundidade.
7. Biodiversidade
Embora os Passadiços do Paiva sejam mais conhecidos pelas paisagens deslumbrantes e formações geológicas, também têm um papel importante na preservação de habitats naturais e na conservação da biodiversidade local.
Durante toda a caminhada, podes apreciar a rica biodiversidade da região: várias espécies de plantas, aves e outros animais selvagens.
Fica atento aos biospots dos Passadiços do Paiva, dispersos ao longo da margem esquerda do rio. Eles dão te informações a respeito das espécies mais emblemáticas e comuns: insetos, plantas, espécies animais existentes no rio e na galeria ripícola.

8. Ponte Suspensa 516 Arouca
Quem ainda não ouviu falar da célebre Ponte Suspensa 516 Arouca? É, pura e simplesmente, uma das maiores pontes pedonais suspensas do mundo, sobre a qual falarei em pormenor já de seguida!
Pode ser admirada por muitos. Mas acredito que não seja muito a onda de uma grande parte de pessoas. Principalmente da onda de quem tem vertigens ou medo das alturas.
Se não é o teu caso e queres aproveitar a viagem até aos Passadiços do Paiva para visitar a Ponte Suspensa 516 Arouca. Então aventura-te, porque pelo menos vai ficar no teu registo de aventuras do ano!
É uma das maiores pontes pedonais suspensas do mundo. E vista do céu parece uma faixa metálica estreitinha.
Ao vivo percebes que foi construída com técnicas inovadoras para tornar a travessia absolutamente segura e inesquecível!
A Ponte Suspensa 516 Arouca, inaugurada em 2021, fica 175 metros acima do Rio Paiva. E liga as margens do rio ao longo de uns impressionantes 516 metros de comprimento.
Oferecendo vistas de tirar o fôlego sobre a Garganta do Paiva e a Cascata das Aguieiras. Dois dos principais pontos de interesse dos Passadiços do Paiva.
E sim, caminhar sobre a Ponte Suspensa de Arouca é uma aventura única ao estilo Indiana Jones. As águas cristalinas do rio e as formações rochosas esculpidas pela natureza criam um espetáculo soberbo, sucesso de bilheteira.
Ao contrário do bilhete dos Passadiços do Paiva, o bilhete para atravessar a Ponte Suspensa é mais carote. São 12€ euros por pessoa adulta e crianças, estudantes e seniores pagam 10€. Mas calma, porque este bilhete já dá acesso aos Passadiços do Paiva.
Existem ainda packs para famílias que vão dos 30€ (2 adultos + 1 criança/jovem) aos 45€ (2 adultos + 3 crianças/jovens + 5€ por cada elemento adicional criança/jovem).
Por razões de segurança, o acesso à Ponte Suspensa dos Passadiços do Paiva está interdito a menores de 6 anos.

As reservas e compra de bilhetes para a Ponte Suspensa 516 Arouca são feitas exclusivamente online através do site oficial.
E, como deves calcular, assim como nos Passadiços do Paiva, também está previsto um número limitado de pessoas para travessia em simultâneo.
Assim, todos podem aproveitar melhor a experiência e tirar fotografias memoráveis, sem atropelos. Além disso, temos é importante percebermos que estamos a entrar no território da natureza.
E para que se faça um turismo sustentável é necessário haver medidas que freiem as massas. Porque um turismo calmo e responsável é muito mais amigável e causa muito menor impacto na pegada ecológica.

O mesmo dos Passadiços do Paiva, que diferem de acordo com a época do ano:
- Abril e outubro das 9.00h às 19.00h
- Maio a setembro das 8.00h às 20.00h
- Novembro a março das 9.00h às 17.00h

Apesar dos Passadiços do Paiva serem o ex-libris de Arouca, há muito mais a descobrir nesta região abençoada pela natureza:
→ Mosteiro de Arouca
Não há como enganar! O Mosteiro de Arouca, além de ficar bem no centro da vila, é um edifício imponente que não passa despercebido.
E sim, merece a tua visita pelo valor histórico-cultural (é considerado a maior construção granítica do género em Portugal). E ainda pelo facto de albergar um museu com um vasto e rico espólio de arte sacra.
Localização: Avenida 25 de Abril 16, 4540-101 Arouca
→ Museu das Trilobites
Se estiveres na disposição de visitar outro museu, aconselho a coleção de fósseis de trilobites (artrópodes característicos do Paleozoico, conhecidos apenas através do registo fóssil) do Museu das Trilobites. É a prova que certos seres marinhos habitaram a região de Arouca há centenas de milhões de anos!
Localização: Centro de Interpretação Geológica de Canelas, Lugar de Cima, 4540-252 Canelas – Arouca
→ Frecha da Mizarela
Uau! A Frecha da Mizarela é a maior queda de água de Portugal Continental. E fica situada no Rio Caima, planalto da Serra da Freita, junto da aldeia da Mizarela.
Do alto da encosta a água nasce e cai livremente ao longo de cerca de 75 metros de altura. É realmente uma queda de água extraordinária, e podes observá-la de mais perto junto ao miradouro da Frecha da Mizarela.
Ou ainda em alternativa, podes descer todo o percurso e vê-la de outra perspetiva, de baixo para cima, num percurso incrível.
Localização: Lugar da Mizarela, 4540-000 Albergaria da Serra e Cabreiros, Arouca
→ Pedras Parideiras
As Pedras Parideiras são um fenómeno único no mundo que finalmente podes conhecer, se visitares Arouca! Do que se trata?
De nódulos de pedra a desprenderem-se da rocha mãe por ação dos agentes erosivos. Basicamente, é como se a pedra maior parisse outras pedrinhas (granito nodular da Castanheira, de seu nome técnico).
Esta ocorrência geológica inédita tem despertado a curiosidade sobre a crença relacionada com poderes sobrenaturais de fertilidade.
É um ponto de interesse inédito e muito giro. Aqui, há um pequeno circuito circular em passadiços que te levam a conhecer um pouco desta ocorrência. Vêm-se mesmo os sulcos mais escuros que deram origem às pedras “filhas”.
Lá também tem um centro interpretativo para mais informações.
Localização: Rua de Santo António, Castanheira, 4540-012, Albergaria da Serra, Arouca
→ Detrelo da Malhada
Gostas de tirar umas fotos incríveis? Então sobe até um dos pontos mais altos do município, Detrelo da Malhada. De onde podes ver cerca de ¼ de Portugal Continental!
Coordenadas GPS 40.88535, -8.254844
→ Senhora da Mó
Mais panorâmicas de tirar o fôlego? Senhora da Mó! Além de uma ermida de inspiração árabe, possui uma vista impressionante sobre o Vale de Arouca.
Localização: Monte da Senhora da Mó, 4540-000 Arouca
→ Aldeia de Drave
Imperdível! A Aldeia de Drave é um povoado desabitado e protegido pela natureza luxuriante, que parou algures no tempo.
Não tem habitantes, nem eletricidade, nem água canalizada, nem rede para usares o telefone, nem sequer restaurantes!
E precisamente por isso, é uma aldeia mágica, com as suas antigas casas cobertas de xisto e pedra lousinha envolvidas pelo silêncio. Mas toma nota: este cenário idílio só é acessível por caminhada!
A aldeia está a ser explorada pelos escuteiros. E há quem visite e aproveite para dar uns mergulhos. Como eu não levei indumentária para o mergulho, dediquei-me a explorar mais esta aldeia abandonada.
Localização: Aldeia de Drave, 4540-000 União das Freguesias de Covelo de Paivó, Arouca
→ Baloiço de Moldes
Senta-te e baloiça-te. Fecha os olhos para relaxares e sentires o vento no rosto. Mas depois abre-os para testemunhares a beleza do Vale de Moldes. Vale muito a pena!
→ Minas de Regoufe
Numa visita a Arouca, também podes conhecer as antigas minas de volfrâmio. Elas foram exploradas pelos alemães durante a II Guerra Mundial para extração de “ouro negro”, que servia para a produção de armamento.
Localização: Lugar de Regoufe, 4540-284 Covêlo de Paivó e Janarde, Arouca
Procuras por alojamento perto dos Passadiços do Paiva?
Entre hotéis com piscina em Arouca, quintas, aldeamentos turísticos, casas de hóspedes e alojamentos de turismo rural, não vai ser difícil encontrares o local ideal para ficares durante a tua visita aos Passadiços do Paiva!
Hotel moderno no centro de Arouca com um bar no terraço com uma vista fantástica e restaurante com pratos tradicionais na ementa.
Viagens sustentáveis Nível 1
Morada: Av. Reinaldo Noronha, nº 24, 4540-105 Arouca

Casa de campo familiar e acolhedora, com suites modernas, jardim, salão partilhado e terraço com vista serra.
Morada: Casas Santa Luzia A, 4540-105 Arouca

Hotel de 3 estrelas em Arouca com jardim e com alguns quartos com kitchenette com forno, micro-ondas e minibar.
Viagens sustentáveis Nível 1
Morada: Serra da Freita – Mizarela, Albergaria da Serra, 4540-013 Arouca

Quinta do século XVIII com piscina exterior e jardim exuberante. E também com quartos rústicos com varandas com vista panorâmica para a Serra da Freita.
Viagens sustentáveis Nível 2
Morada: Novais – Santa Eulália, 4540-540 Arouca

Aldeamento turístico com piscina, jardim, terraço e acomodações com kitchenette totalmente equipada com micro-ondas e frigorífico.
Viagens sustentáveis Nível 1
Morada: Aldeia da Paradinha, 4540-063 Arouca

Quinta produtora de kiwi e mirtilo construída no século XV e convertida em alojamento local com jardim e piscina exterior.
Viagens sustentáveis Nível 1
Morada: Quinta de Anterronde, Santa Eulália, Arouca, 4540-718 Arouca

Depois de tanto exercício físico nos Passadiços do Paiva, é natural que estejas com muita fome e a precisar de repor energia.
Felizmente estás numa região com pratos típicos de comer e chorar por mais: da tenra carne de vaca arouquesa aos bifes de Alvarenga!
E o vinho verde? Divinal! Com baixo teor alcoólico, é um vinho frutado muito apreciado, principalmente no verão.

Para sobremesa? Pão de ló húmido de Arouca, por exemplo, ou outros doces regionais, como melindres, cavacas, pedras parideiras e ovos de pega. Deliciosos!
Mas Arouca também é uma região rica em doçaria conventual. Prova as castanhas doces, morcelas, roscas, charutos de amêndoa, barrigas de freira, manjar de língua e a bola de S. Bernardo. Uma tentação!
Onde provar estas iguarias? Nos melhores restaurantes em Arouca, claro!
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