A região de Coimbra tem um valor inestimável. Não só pela riqueza histórica da cidade de Coimbra, mas também por toda a riqueza natural e cultural das regiões mais próximas da cidade.
Portanto, hoje, o meu objetivo é dar-te a conhecer lugares de valor inestimável e com potencial turístico gigante. E ao mesmo tempo sugerir-te um roteiro simples e tranquilo para um passeio pela região de Coimbra durante 3 dias.
Um passeio calmo e tranquilo para conheceres alguns dos monumentos mais importantes da cidade de Coimbra. Passando pela riqueza de Penacova e finalizando na capital da Chanfana, que é Vila Nova de Poiares.
Portanto, hoje, o meu objetivo é dar-te a conhecer lugares de valor inestimável e com potencial turístico gigante. E ao mesmo tempo sugerir-te um roteiro simples e tranquilo para um passeio pela região de Coimbra durante 3 dias.
Um passeio calmo e tranquilo para conheceres alguns dos monumentos mais importantes da cidade de Coimbra. Passando pela riqueza de Penacova e finalizando na capital da Chanfana, que é Vila Nova de Poiares.

Este roteiro vai permitir-te mergulhar na história, paisagem e gastronomia desta região deliciosa que enche qualquer coração com todas as suas particularidades.
Pessoalmente, gosto muito da região de Coimbra, porque me permite aceder a outra versão de Portugal. Às serras, atividades radicais, gastronomia de chorar, aldeias históricas, praias fluviais. E depois também, porque adoro fazer todo o terreno de jipe. E portanto, junta-se o útil ao agradável. Nada como a serra e lugares incríveis para nos dar motivos para passear.
O que vais encontrar neste artigo sobre a região de Coimbra:
O primeiro dia de viagem pela região de Coimbra foi dedicado a visitar a cidade de Coimbra. Por isso, vou deixar-te algumas sugestões de monumentos que podes visitar durante este dia.
No entanto, a cidade é tão vasta em património que seria impossível compactar tudo em 24 horas. Por isso, se quiseres fazeres uma visita completa à cidade, convido-te a leres o artigo sobre o que visitar em Coimbra. Nesse conteúdo vais encontrar todas as informações sobre o que podes visitar, quando visitar e muito mais.

Iniciei a descoberta de Coimbra por Santa Clara, mas podes adaptar a tua visita conforme o momento e a tua preferência. Então, iniciei em Santa Clara e segui para a Baixa e Alta de Coimbra para visitar os restantes momentos.
Foi tudo feito a caminhar, sem carro, por isso podes estacionar numa zona tranquila e seguir a pé para explorar a cidade.

Este convento tem uma larga história. Foi fundado em inícios de Seiscentos e serviu de hospital e quartel. Mais tarde, acolheu uma importante unidade fabril têxtil. E por fim, foi adquirido pela Câmara Municipal de Coimbra que o recuperou e dinamizou num Centro Cultural e de Congressos. Este centro cultural apresenta uma programação muito interessante que contempla exposições, concertos, oficinais e muito mais.
Do lado de fora, o espaço não podia apresentar uma vista mais entusiasmante. Porque daqui, vês toda a maravilhosa alta de Coimbra e mais um pouco. Sem dúvida, uma foto postal para registar nesta viagem até à região de Coimbra.

Depois do Convento de São Francisco, é altura de visitar o Portugal dos Pequenitos, uma vez que fica logo abaixo, no outro lado da rua.
O Portugal dos Pequeninos é um parque temático pedagógico dedicado essencialmente aos mais pequeninos. Mas, tenho a certeza de que todos os graúdos ficam rendidos assim que conhecem este pequeno encanto.
Porque, tudo aqui é projeto para as crianças. Portanto, tudo em ponto pequeno, dedicado a eles. E estrutura-se de forma temática. Ou seja, divide-se por diferentes áreas: Casas Regionais, Portugal Monumental, Além-Mar, Portugal Insular e o núcleo de Coimbra.
Δ Informações sobre as visitas:
Preço (3-13 anos): 9,00€
Preço (14-64 anos): 14,00€
Preço (≥ 65 anos): 11,00€

Este mosteiro é simplesmente a porta de entrada de Coimbra. Porque assim que chegas à cidade, é dos primeiros monumentos que se apresentam do lado de Santa Clara.
E só para teres uma pequena noção, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha foi fundado pela primeira vez no final do séc. XIII (em 1283). Por Dona Mor Dias, uma dama da nobreza.

Construído na margem do rio Mondego, foi desde cedo que começou a sofrer com a subida das águas do rio. A situação tornou-se de tal forma incapacitante para a vida das freiras que foi necessário a construção um novo edifício – o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova. E finalmente em 1677 a comunidade abandonou o espaço para ocupar novo mosteiro, mandado construir por ordem do rei D. João IV.
Atualmente, o edifício apresenta funções museológicas, auditório, loja, salas de exposição e cafetaria. Expõe ainda registos do espólio do mosteiro recuperados durante as escavações.

Depois de visitar e apreciar o Mosteiro de Santa Clara, beber um café e comer um bolo do outro lado da rua, segui atravessando a Ponte de Santa Clara. Ela também um ponto importante na cidade.
Esta ponte é parte da vida de Coimbra. Há estudantes que passeiam, pessoas a fazer jogging, turistas a conhecer e explorar. Enfim, há muito dinamismo. E depois disso, segui caminhando em direção à baixa da cidade. Entrando pelo Largo da Portagem e atravessando toda a Rua Ferreira Borges, até chegar ao início da famosa Rua da Sofia.

A Rua da Sofia é mais do que uma simples rua que liga a Ladeira de Santa Justa à importante Praça 8 de Maio. Onde estão sepultados os dois primeiros Reis de Portugal, na Igreja de Santa Cruz. E como forma de reconhecimento, está classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, desde 2013.
Sofia significa Sabedoria. E largou o medievalismo urbano para se tornar num eixo moderno para a sua época. Foi uma construção (de 1535) tão invulgar em largura que chegou a ser uma das maiores ruas da Europa. E desde sempre ligada à Universidade.

Além disso, ao longo de toda a rua chegaram a ser erguidos 27 colégios das variadas ordens religiosas, dos quais ainda resistem 7 e respetivas Igrejas. O Colégio de São Tomás de Aquino, de S. Pedro dos Terceiros, o da Graça, da Nossa Sra. do Carmo, Espírito Santo, de São Boaventura e o de S. Agostinho.
A rua tem comércio, restaurantes e dá acesso a alguns largos interessantes que podes explorar. Como o Terreiro da Erva que tem um bom restaurante – o Cantinho dos Reis.

Depois disso, entrei novamente pela Baixa e entrei para a Alta de Coimbra através do Arco de Almedina. Arco localizado na Rua Ferreira Borges que separam os limites da Baixa e da Alta de Coimbra.
Então, subi pelas ruelas, Quebra Costas, visitei a Sé Velha que, entretanto, fica logo acima da Rua do Quebra Costas e segui subindo até ao Museu Machado de Castro.
Um museu fantástico que conta a origem de Coimbra, Aeminium. O museu apresenta uma entrada bastante desafogada com um átrio grande e ainda serviço de restaurante e cafetaria. Inclusive posso dizer que o almoço foi bastante agradável com vista para a cidade.
Já o museu, na minha opinião, não podia ser mais fantástico. Não só pela exposição de uma coleção incalculável de peças religiosas, mas também pela parte do criptopórtico que conta toda uma história maravilhosa em torno da origem de Coimbra e da região de Coimbra.
Δ Informações de Funcionamento:
Preço: 6,00€
Bilhete + audioguia: 7,50€
Criptopórtico: 3,00€
Terça a domingo: 10h00 às 18h00
Encerra nos dias 1/01, domingo de Páscoa, 1/05, 4/07 e 25/12.

Depois de um almoço fantástico no restaurante do Museu Machado de Castro e de uma visita exploratória por todos os pisos, segui novamente para as ruas da Alta da cidade para visitar a Universidade de Coimbra.

E, a poucos minutos de caminhada, estava a entrar pela Porta Férrea. A porta de entrada no edifício que foi, outrora, a cidadela de Coimbra: o velho Paço da Alcáçova.
A entrada e o exterior da Porta Férrea são coroados pela figura da Sapiência – a insígnia da Universidade. E logo abaixo da Sapiência, os dois reis que marcaram a história da instituição. No exterior, D. João III. E no interior da Porta Férrea, D. Dinis, o fundador da Universidade.

E foi em 1290 que D. Dinis criou a Universidade mais antiga de Portugal e uma das mais antigas do mundo. Hoje, classificada como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.
Por aqui, há imensa coisa para explorar no Paço das Escolas. Um lugar icónico com uma beleza e riqueza histórica e cultural incalculáveis.
Depois da Universidade, segui pela Rua Larga, atravessei a estátua de D. Dinis. E segui pelo aqueduto de São Sebastião até chega à entrada do Jardim Botânico.
Este jardim é um verdadeiro sonho para qualquer visitante que ouse explorá-lo. São mais de 13 hectares de terreno muito bem estruturado. Cheio de patamares, escadas e espécies naturais exuberantes. Asseguro que é uma visita magnífica capaz de encantar corações.
O jardim foi criado com o objetivo de complementar o estudo da História Natural e da Medicina na Universidade de Coimbra. E o grande impulsionador desta construção foi Marquês de Pombal, em 1773.

Depois do primeiro dia a explorar as ruas e os monumentos de Coimbra e ainda ir beber um copo á noite nas docas do rio. Já o segundo dia, foi dedicado exclusivamente a visitar Penacova. Uma região de Coimbra maravilhosa cheia de natureza, trilhos e miradouros maravilhosos. Além disso ainda tem uma doçaria de comer e chorar por mais.
O dia começou cedo com uma visita ao Museu do Moinho de Vento Vitorino Nemésio, na Portela da Oliveira. Uma subida à serra com vista verdadeiramente desafogada. E eis que no cimo da montanha surgem uns moinhos de vento lindíssimos.
Um envolvimento adorável, céu azul e horizonte de perder de vista. Aqui é possível conhecer uma série de moinhos de vento.

O Mosteiro de Lorvão fica localizado numa pequena região, chamada Lorvão. E foi fundado em 878 pelos monges de Cluny. Pertencentes à Ordem de São Bento.
Durante o reinado de D. Afonso Henriques, o Mosteiro, assim como o Mosteiro de Santa Cruz (em Coimbra), tornou-se num importante centro de produção de manuscritos iluminados. E foi aqui, inclusive, que se escreveram alguns dos mais importantes manuscritos medievais portugueses.
Atualmente, o Mosteiro apresenta uma Museu de Arte Sacra que exibe peças do espólio do Mosteiro.

E depois do Mosteiro de Lorvão fiz uma pequena no café localizado em frente que apresenta uma ampla gama de doçaria regional de Lorvão. E posso assegurar que são maravilhosos, tanto o Pastel de Lorvão como as Nevadas. Umas verdadeiras perdições de morrer a chorar por mais.

Localiza-se nas imediações do centro de Penacova, junto ao antigo Preventório. E é um dos miradouros mais bonitos de Penacova. Porque, a vista para o mondego é de facto extraordinária e fala por si. Foi inaugurado em 1908 com autoria do arquiteto veneziano Nicolau Bigaglia.

Depois desta visita, segui em direção ao centro da vila de Penacova para visitá-lo e para desfrutar do miradouro junto à Camara Municipal, a Pérgola Raúl Lino. Traçado pelo arquiteto que lhe deu o nome, foi inaugurado em 1918. Apresenta mais uma maravilhosa vista para as montanhas e rio Mondego.

A Igreja Matriz de Penacova localiza-se no centro da vila também muito próximo ao miradouro Pérgola Raúl Lino. Foi construída no séc. XVI com homenagem a Nossa Senhora da Assunção.
É uma igreja simples classificada como Imóvel de Interesse Público. A fachada apresenta um elemento único de destaque – o portal, em pedra de Ança. E o interior, uma nave coberta por uma abóbada de berço em madeira. Ao fundo da igreja, há também um retábulo em talha dourada.

Penedo de Castro foi o terceiro miradouro que visitei em Penacova. Ao contrário dos anteriores, este não é no centro da vila. Tendo a grande mais-valia de ser mais selvagem e natural. Estacionei o carro assim que vi a placa de identificação do miradouro. E subi as escadas lapidadas na montanha até chegar ao ponto mais alto. Eis que surge uma paisagem poderosa do topo do miradouro do Penedo de Castro. Inaugurado em 1908.

É sem dúvida um ponto que deve fazer parte de qualquer visita a esta região. Uma vista poderosa para a vila de Penacova e para o vale do Mondego. Aqui percebemos que somos tão pequenos perante uma imensidão natural tão gigante.

Praticamente no centro da vila de Penacova, eis que surge uma praia fluvial no meio de montes e vales. Uma praia fluvial magnífica com excelentes condições e uma paisagem incrível.
Da Praia Fluvial do Reconquinho avista-se o centro da vila lá em cima, no cimo da montanha, e o comprimento do rio Mondego que dá o ar da sua graça ao longo de toda a sua extensão. A praia disponibiliza toldos, areia de qualidade, espaço com sombra para piqueniques. E ainda restaurante/café, campo de futebol e um grande parque de estacionamento.

Portanto, o que não faltam aqui são infraestruturas para dar as melhores condições a quem visita a Praia do Reconquinho em Penacova.
E além disso, ainda existe uma pequena ponte em madeira que faz a ligação aos percursos pedestres. Situados em torno do rio Mondego. Por isso, se fizeres uma visita à região fora da época balnear, podes sempre percorrer estes trilhos para explorares a zona. São espetaculares.
Δ Dica Aventura:
Esta zona de Penacova tem a particularidade de permitir descidas agradáveis e divertidas de Kayak. Portanto, se gostares de aventura é um sítio magnífico para fazer uma descida de canoa.

Foi o quarto e último miradouro que visitei em Penacova. E todos com paisagens fantásticas para o rio e montanhas. Realmente, há lugares que são verdadeiramente privilegiados em riqueza paisagística. E este é sem dúvida um deles.
Gosto de Penacova, e reconheço que apesar de não tão conhecida, é uma zona com potencial turístico bastante grande. Seja durante o verão ou no inverno. Cada época com o seu encanto.

Segui de carro pela N2 e o miradouro e passadiços em madeira ficam do lado esquerdo. Mesmo na margem do rio Mondego. Caminhei, desfrutei do momento, tirei fotografias. E apreciei as formações rochosas dispostas na vertical.
Fazendo lembrar livros pousados em prateleiras. Daí o nome deste miradouro, Livraria do Mondego. Foram mais de 400 milhões de anos a esculpir esta maravilha natural. De facto, uma entrada poderosa para quem chega de norte, pela N2, à vila de Penacova.
E depois de visitar a Livraria do Mondego, junto à vila. Segui em direção à Praia Fluvial do Vimieiro. Até lá, passei por pequenas aldeias e paisagens. Foram cerca de 16 km até chegar a um dos lugares mais espetaculares que visitei neste roteiro de 3 dias pela região de Coimbra.

E não falo apenas da praia em si, mas todo o envolvimento bucólico deste lugar. As casas de xisto à margem do rio Alva. A pequena queda d’água que o rio faz. A vegetação na margem do rio. E também o moinho de vento que está disponível para ser admirado e fotografado.
É um lugar bastante acolhedor. E que acima de tudo, permite uma visita durante o verão ou durante o inverno. Até porque, eu fiz este roteiro durante o outono, e posso dizer que a experiência foi fantástica. Adorei.

Esta praia fluvial apresenta-se distinguida com bandeira azul. Além disso, disponibiliza serviço de restaurante/café, parque de estacionamento e parque de merendas para quem trouxer a marmita.
O último dia do roteiro pela região de Coimbra foi dedicado a explorar Vila Nova de Poiares. Conhecida como a Capital Universal da Chanfana. Para os apreciadores, um prato confecionado com carne de cabra velha, assado numa caçoila de barro preto e temperado de véspera em vinha-d’alhos.
Confesso que não como carne, mas aprecio as tradições de cada região. Por isso, fica a sugestão com um prato típico de Vila Nova de Poiares.
De um lado Poiares, do outro Arganil. A Ponte de Mucela representa um ponto de grande importância na História de Portugal. Foi construída em 1298 por cima de uma pequena ponte Romana (mais pequena). Por onde passava uma das mais importantes vias, que fazia a ligação de Coimbra/ Aeminium a Bobadela/ municipium, perto de Oliveira do Hospital.
Há registos que evidenciam a retirada das tropas francesas em 1811 e a destruição da ponte para dificultar essa fuga. Portanto, como vês, há lugares cheios de história e curiosidades. E este é sem dúvida um deles.

O Dólmen de São Pedro Dias é um monumento megalítico, do período Neocalcolítico que fica localizado a cerca de 7 km do centro de Vila Nova de Poiares e dentro do percurso para lá chegar.
Infelizmente, como estava bastante nevoeiro e chuva, não consegui encontrar o dólmen. Apesar de ter tentado. Mas, fica a sugestão para dias mais sorridentes que permitam fazer a caminhada tranquilamente em busca deste monumento natural.
Fica localizado na margem da estrada da Beira (N17), na parte de trás de um grande edifício que me pareceu ser um restaurante. Portanto, podes estacionar o carro nesse estacionamento e seguir a pé.
Daquilo que consegui ter conhecimento, está classificado como Monumento de Interesse Público. Mede cerca de 25 m de comprimento e 18 m de largura. E está um pouco deteriorado.
No entanto, parece que ainda conserva a mamoa que o cobria originalmente e também alguns vestígios da primitiva câmara sepulcral.
Naturalmente que quando fiz esta visita não estava na época ideal de banhos, mas quero dar-te a conhecer este complexo de piscinas naturais. Excelente para desfrutar durante a época balnear.
Localiza-se em São Miguel de Poiares, muito próximo à estrada da Beira (N17). E apresenta-se com ótimas condições. Espaços verdes, zonas de sombra, bar, esplanada e espaço de merendas.
É sem dúvida alguma um lugar peculiar, situado entre vales e abastecido por águas naturais. Por isso, como podes perceber é um lugar único! Ponto alto de passagem durante a época de verão.

Depois da chuvada na procura pelo Dólmen, almocei tranquilamente e só depois segui para a próxima paragem deste roteiro de 3 dias pela região de Coimbra.
Uma visita à Igreja de São Miguel datada de meados do séc. XVIII. Está situada na freguesia de São Miguel, junto à ribeira da Fonte da Fraga. Posso dizer que apresenta uma fachada bastante interessante de simplicidade barroca. Já o interior revela uma solução arquitetónica não muito comum.

A paragem seguinte foi a Capela de Nossa Senhora das Necessidades. Inaugurada em 1909 surgiu com o objetivo de substituir a antiga capela. Que se apresentava em mau estado e com pouco espaço para as necessidades do povo da vila.
Os habitantes de Vila Nova de Poiares veneram a Nossa Senhora das Necessidades. E por isso, organizam anualmente em agosto as Festas Concelhias em sua honra.
Esta capela tem uma fachada revivalista com presença de elementos da antiga primitiva. Além disso, ainda existem dois coretos à entrada. Um de cada lado da entrada do átrio onde se situa a capela.

Depois de visitar as igrejas, segui em direção ao centro da vila. Há cafés pastelarias para fazer uma pausa e descansar da viagem e da descoberta.
Entretanto, fui conhecer uma das zonas mais importantes de Poiares. O largo onde se localiza o Jardim Municipal, a Câmara Municipal e a Igreja Matriz.
O edifício emblemático, que dá hoje lugar aos Paços do Concelho, foi construído em meados do séc. XIX. E é símbolo da independência e do poder local. É um edifício simples e sóbrio, do tipo Neoclássico, que foi apelidado de “Palacete Municipal”.

Entretanto, logo à frente do edifício dos Paços do Concelho, apresenta-se o Jardim Municipal. Criado por ação do benemérito Bernardo Martins Catarino. Comendador da Ordem da Rosa.
Neste Jardim Municipal de Vila Nova de Poiares, destacam-se as árvores trazidas das matas do Buçaco, na primeira metade do século XX. E o Coreto, construído no início do mesmo século.

Neste mesmo Largo da República, localiza-se a Igreja Matriz. Construída no séc. XVII, apesar das primeiras construções serem mais antigas. Com data do ano de 1684.
Esta igreja também se apresenta com uma arquitetura sóbria. Possui uma torre sineira com relógio de sol e a data de 1744. A história está por todo o lado. Por isso, esta viagem é uma autêntica viagem no tempo.

A caminho do Louredo Natura Parque, ainda parei para conhecer a Igreja Paroquial de Santa Maria da Arrifana. É uma igreja com data de fundação incerta. No entanto, sabe-se que a Igreja atual resultou de remodelações nos finais do séc. XVIII e inícios do séc. XIX.
Esta igreja também apresenta uma torre sineira rematada por uma cúpula. O interior apresenta apenas uma nave com o teto em madeira. A capela-mor destaca-se com um retábulo em talha dourada (obra barroca).
A capela ainda exibe dois altares secundários, sendo que um deles expõe uma escultura de Nossa Senhora dos Remédios (séc. XV-XVI).

Finalmente, depois de 4 km desde a última Igreja, é hora explorar o Louredo Natura Parque. Confesso que também estava curiosa para conhecê-lo. E de facto, só posso dizer que fiquei encantada com esta visita.
Não só pelas excelentes condições e acessibilidades, mas também pelo envolvimento natural, tranquilidade e brio na decoração e manutenção do lugar.

O parque é super espaçoso, com imensas mesas. Mesas médias, mesas maiores para grupos grandes. Disponibiliza também churrasqueira, lavatório e casas de banho. Além disso, é todo forrado em relva e apresenta muitos apontamentos decorativos.
Parece mesmo um parque encantado. Ótimo para piqueniques e para descansar depois de alguns quilómetros de viagem. Posso dizer que gostei bastante. E as fotografias falam por si.
E por outro lado, se não quiseres descansar e preferires alinhar em atividades mais radicais, o parque ainda tem um centro de atividades.

Infelizmente, a viagem de 3 dias pela região de Coimbra termina com uma visita à Serra do Carvalho. Com o objetivo de passar pelo lugar do Carvalho para conhecer um ponto majestoso pela sua paisagem. Mas também trágico pela história que o marca.
Pois foi em 1955 que se despenharam oito aviões da Força Aérea Portuguesa e morreram todos os seus ocupantes. A partir daí, o lugar do Carvalho, a cerca de 450 metros acima do nível do mar, nunca mais voltou a ser o mesmo.
E nessa altura, foi erguida uma capela de Nossa Senhora do Ar, onde a data é assinalada todos os anos.

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